Ex-presidente Lula, deputada
federal Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT, governador do Maranhão,
Flávio Dino (PSB), se reuniram em São
Paulo (SP).
Flávio Dino é do PSB,
legenda que articula Federação partidária com o PT.
O ex-presidente
Lula, a ex-presidenta Dilma Rousseff e a deputada federal Gleisi Hoffmann,
presidenta nacional do PT, se reuniram nesta segunda-feira (24) com o
governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), em São Paulo (SP).
Segundo Lula, na
reunião foram discutidos “os desafios do Brasil“. Dino, por sua vez, relatou
que a conversa foi sobre “ações administrativas que estamos executando no
Maranhão e sobre cenários políticos“.
Tanto Lula quanto
Dino divulgaram imagens do encontro nas redes sociais. A ex-presidenta Dilma
Rousseff não aparece no registro fotográfico, pois deixou a reunião mais cedo.
Federação entre PT e PSB
O PT, partido de
Lula, Dilma e Gleisi, vem tentando formar uma federação partidária com o PSB,
legenda de Flávio Dino.
No último dia 20 de
janeiro, Gleisi Hoffmann e o presidente do PSB, Carlos Siqueira, se reuniram em
Brasília para discutir a federação entre as legendas. O encontro, que ainda
contou com a participação do governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e de
Márcio França, ambos do PSB, além do deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP),
serviu também para as siglas discutissem alianças políticas nos estados.
À Fórum, Gleisi
classificou a reunião como “muito boa“. “Falamos bastante sobre a construção da
federação, tanto nós do PT quanto do PSB temos a intenção de fazer. Vamos nos
dedicar a essa construção, sabemos que tem dificuldades, resistência em ambos
os partidos, mas a gente quer vencer isso”, disse.
PCdoB e PV devem
compor a federação com PT e PSB. Gleisi e Siqueira, junto à direção dos outros
dois partidos, decidiram que vão acionar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
para tentar conseguir mais tempo para definir os detalhes da formação da
federação. “Achamos que o prazo dado pelo TSE é muito curto”, declarou a
presidenta do PT.
Alianças nos estados
O presidente do
PSB, Carlos Siqueira, já havia afirmado que seu partido deve apoiar Lula (PT) na
corrida à presidência. Os dois partidos, no entanto, ainda negociam alianças
nos estados.
Na reunião, segundo
Gleisi informou à Fórum, ficou definido que as legendas se reunirão na próxima
quinta-feira (27) para fechar um acordo sobre a aliança em Pernambuco. Apesar
do PT pernambucano ter aprovado a pré-candidatura do senador Humberto Costa
(PT-PE) ao governo do estado, Gleisi afirmou na saída da reunião que o PSB terá
prioridade na escolha do candidato, apesar de este nome ainda não ter sido
definido.
“Em relação a
Pernambuco, sempre tivemos compreensão que compete ao PSB a indicação. O nome
de Humberto foi colocado pela ausência de candidaturas”, disse a dirigente
petista na saída da reunião.
Após o encontro,
Carlos Siqueira, através das redes sociais, afirmou que o PSB já decidiu apoiar
candidaturas do PT em 4 estados: Bahia (Jaques Wagner), Sergipe (Rogério
Carvalho), Piauí (Rafael Fonteles) e Rio Grande do Norte (Fátima Bezerra). Além
disso, a legenda oferecerá palanques ao PT em Alagoas e no Maranhão.
“Vamos iniciar com
o PT uma rodada de reuniões nos Estados para aprofundar o debate sobre os nomes
aos governos estaduais”, disse Siqueira.
O PT, por sua vez,
deve apoiar candidatos do PSB, além de Pernambuco, no Rio de Janeiro (Marcelo
Freixo) e Espírito Santo (Renato Casagrande).
O principal impasse
entre as duas legendas e que não foi resolvido na reunião desta quinta-feira
(20) está em São Paulo. No estado, o PT trabalha com a candidatura de Fernando
Haddad, enquanto o PSB quer lançar Márcio França. Nenhuma das siglas sinalizam
que pretendem abrir mão da disputa.
Pesquisas de
intenção de voto têm mostrado que Geraldo Alckmin (sem partido) lidera a
disputa no estado, mas há a expectativa que o ex-tucano abandone a corrida para
ser candidato a vice na chapa de Lula (PT) à presidência. Sem Alckmin no páreo,
Haddad lidera.
“Paralelo ao
esforço de construir a federação, vamos discutir os estados. Vamos marcar uma
reunião com São Paulo. O PT entende que a candidatura do Haddad é essencial, o
PSB entende que a candidatura do Márcio é importante. Com respeito entre nós,
temos que chegar a um denominador comum”, disse Gleisi, adicionando ainda que
pretende envolver o PSOL, que tem Guilherme Boulos como pré-candidato ao
governo de São Paulo, nas discussões.
As duas legendas,
nas próximas semanas, devem também tentar um acordo para o Rio Grande do Sul,
onde o PT trabalha com a pré-candidatura de Edegar Pretto e o PSB a de Beto
Albuquerque.
Com informações da Revista Fórum.