Lahesio Bonfim
O ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim,
está cada vez mais perto de enfrentar uma decisão que pode mudar seus rumos
políticos. A ação penal que ele responde no Tribunal de Justiça do Maranhão
(TJMA) já está em fase final e deve ser julgada em breve.
O processo foi movido pelo Ministério Público e trata de
supostas fraudes em licitações e desvio de dinheiro público em contratos de
fornecimento de combustíveis quando Lahesio era prefeito do município.
Agora, o caso está nas mãos da 2ª Câmara Criminal do TJMA,
formada pelos desembargadores Francisco Ronaldo Maciel Oliveira (presidente),
Sebastião Joaquim Lima Bonfim (relator) e Talvick Afonso Atta de Freitas. Como
todas as etapas da investigação já foram concluídas e as últimas alegações
entregues, o processo está pronto para julgamento. Se a condenação for
confirmada, Lahesio poderá ficar inelegível.
Vale lembrar que, no início, o processo estava na 3ª Câmara
Criminal, mas depois foi redistribuído. O novo relator, desembargador Sebastião
Bonfim, confirmou o parecer da Procuradoria de Justiça e encaminhou para a
Procuradoria-Geral emitir uma última manifestação antes do julgamento.
Ou seja, a qualquer momento a decisão pode sair — e o resultado terá grande impacto no futuro político de Lahesio, que hoje é um dos principais nomes da oposição no Maranhão.
Um novo capítulo da ação penal que envolve o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Rodrigues do Bonfim, ganhou contornos políticos após o processo ser redistribuído ao Tribunal de Justiça do Maranhão. A relatoria do caso agora está sob responsabilidade da desembargadora Maria da Graça Peres Soares Amorim, integrante da 3ª Câmara Criminal. A magistrada, no entanto, possui laços familiares com o ex-senador Roberto Rocha, possível aliado de Lahesio Bonfim nas eleições de 2026.
Graça Amorim é sogra de Amanda Rocha, filha de Roberto Rocha, que é casada com Gabriel Amorim, filho da desembargadora.
A ação (nº 0802090-45.2022.8.10.0026) trata de supostos crimes de fraude licitatória, desvio de verbas públicas, e abuso de função, relacionados à contratação de fornecimento de combustíveis durante a gestão de Lahesio como prefeito. Os autos foram inicialmente encaminhados à 4ª Vara da Comarca de Balsas, mas retornaram ao Tribunal de Justiça após o Supremo Tribunal Federal modificar seu entendimento sobre foro por prerrogativa de função. Segundo a nova jurisprudência (HC 232.627), mesmo ex-gestores públicos mantêm o foro especial se os crimes tiverem sido cometidos durante o exercício do cargo e em razão das funções.
Com base nisso, o juiz Douglas Lima da Guia reconheceu a incompetência da primeira instância e determinou a remessa do caso para o TJ-MA, que agora será responsável por julgar os crimes atribuídos a Lahesio.
A relatoria da desembargadora Graça Amorim chama atenção pelo aspecto político, uma vez que Roberto Rocha tem se movimentado como possível articulador de uma frente conservadora no Maranhão para 2026, podendo inclusive se aliar formalmente a Lahesio Bonfim.
No momento, a sociedade e os atores políticos aguardam com atenção os próximos desdobramentos do caso, que pode impactar o cenário eleitoral maranhense.
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