Em primeira
entrevista exclusiva, o presidente eleito disse à RecordTV que ainda entrará em
contato com o magistrado para saber a decisão dele
Em sua
primeira entrevista exclusiva após ser eleito presidente, Jair Bolsonaro (PSL),disse
à RecordTV que vai convidar o juiz responsável pela Operação Lava Jato, Sérgio
Moro, para o ocupar o cargo de ministro da Justiça.
— Pretendo
sim (convidar Sérgio Moro), não só para o Supremo, quem sabe até chamá-lo para
o Ministério da Justiça. Pretendo conversar com ele, saber se há interesse dele
nesse sentido também.
Bolsonaro
também voltou atrás em relação a ideia de aumentar o número de integrantes no
STF (Supremo Tribunal Federal) e sobre o fato de já ter questionado a isenção
dos ministros.
— Ficou no
passado. Eu estava embarcando em um rumo equivocado. Agora, domingo, eu
conversei com o Dias Toffoli (presidente do STF). Chegando a Brasília,
conversarei com o presidente do Supremo. Eu tenho certeza que teremos uma
convivência harmônica e ainda disse mais, que não é o Executivo que vai fazer
não, vamos fazer com o Judiciário, todos nós somos responsáveis pelo futuro.
Reforma da
Previdência
O
presidente eleito também disse que uma das primeiras medidas no governo será
enxugar a máquina pública, diminuindo o número de ministérios, cargos
comissionados e colocando limites nos cartões corporativos.
Bolsonaro
também contou que vai encontrar o governo do presidente Michel Temer (MDB) na
próxima semana para discutir projetos que possam ser aprovados ainda este ano
no Congresso Nacional, incluindo a reforma da Previdência. Ele também disse que
vai buscar maneiras de evitar pautas-bomba, para que não afetem ainda mais as
contas públicas do país.
Ele ainda
falou sobre o Teto de Gastos, que está em vigor, e é algo de críticas.
— Seria
até dispensável a condição do Teto, porque nossa economia já está deficitária,
então não adianta você querer revogar a emenda total do Teto, porque não tem
como investir mais no Brasil. O Teto ao meu entender é importante e se puder
ser aperfeiçoado, será bem-vindo.
Estatuto
do Desarmamento
O
presidente eleito também comentou sobre a revisão que fará no Estatuto do
Desarmamento, que foi uma das diretrizes da sua campanha eleitoral.
— Um dos
dispositivos lá do estatuto diz que você tem que comprovar efetiva necessidade
de comprar uma arma de fogo e quem decide isso aí é a Polícia Federal, que é
orientada pelo Ministério da Justiça e pelo próprio Presidente da República.
Ele explicou como será a orientação dada
aos delegados da PF que vão decidir sobre quem pode ter a posse de armas.
— A orientação nossa é que a efetiva
necessidade está comprovada pelo estado de violência que vive o Brasil. Nós
estamos em guerra.
Bolsonaro
também disse que quer flexibilizar o porte de arma de fogo.
— O
caminhoneiro armado, ao reagir se alguém estiver roubando ou furtando o seu
estepe, ele vai dar um exemplo para a bandidagem. Ele atirou, o elemento foi abatido
em legítima defesa, ele vai responder, mas não vai ter punição. Vai diminuir a
violência no Brasil com toda certeza.
Agradecimento do Presidente eleito
Jair Bolsonaro - Quero agradecer a todos que votaram em mim pelo apoio
confiança, agradecer pelas orações. Afinal de contas, ao longo de quatro anos,
não só na pré-campanha, mas na campanha, tivemos uma bandeira baseada na
passagem João 8:32 e está na hora de o Brasil conviver com a verdade. Agradeço
os que confiaram no meu nome nas urnas.
·
Thais Skodowski, do
R7
Redação/Blog Edmilson Moura.
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