O senador eleito pelo Rio de Janeiro Flávio
Bolsonaro (PSL), filho do presidente, disse nessa segunda-feira (3) que seu pai
foi eleito para colocar militares no comando do Palácio do Planalto. Ele também
falou que não apoiará Renan Calheiros (MDB-AL) e nem Rodrigo Maia (DEM-RJ) para
a presidência do Senado e da Câmara.
“O Jair foi eleito para colocar militar
lá dentro. Se fosse para pôr ladrão, votava no PT”, disse Flávio
Bolsonaro em entrevista à Globonews . Dos 20 ministros indicados até
o momento, seis são militares, além do presidente eleito e seu vice, o general
Hamilton Mourão (PRTB).
"As Forças Armadas são uma das
instituições mais respeitadas do País. A fama dos militares brasileiros é de
serem pessoas honestas, patriotas. Ninguém aguentava mais a escolha somente de
sindicalistas e pessoas que entravam só para fazer negociatas. A população está
vendo isso e sabendo fazer essa leitura", completou.
Para ele, se Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) e Dilma Rousseff (PT) foram presidentes, Bolsonaro "dará banho nisso
fácil". Em relação à disputa pela presidência do Senado, Flávio afirmou
que seu pai não interfere em nada, mas a recomendação de Onyx Lorenzoni,
coordenador do governo de transição e futuro ministro da Casa Civil, é para que
aguardem mais um pouco.
O senador eleito ainda disse que
"não há condições" para que Renan Calheiros presida o Senado e
Rodrigo Maia e Câmara dos Deputados em 2019. "Esses nomes precisam
entender que estamos vivendo um novo momento. As urnas mostraram que a
população quer mudanças e tanto Renan quanto Maia não contemplam essa
vontade", defendeu, citando o nome do deputado Espiridião Amin (PP-SC)
como opção para o comando da Câmara.
Em seu primeiro mandato no Senado,
Flávio prometeu atuar fortemente na área da segurança pública, lutando pela
redução da maioridade penal e o endurecimento do processo penal. O senador também
colocou como prioridade a aprovação do projeto Escola sem Partido.
Flávio também informou que seu pai
ainda não decidiu o destino do Ministério dos Direitos Humanos e que,
pessoalmente, é a favor da pasta para mostrar que o governo Bolsonaro se importa
com a área mas, para ele, o ministério precisa de um
"direcionamento".
"Isso pode ser importante para
mostrar que ele [Jair Bolsonaro] é a favor dos direitos sim, mas sob um novo
direcionamento, e não da forma atual, em que eles são explorados de forma
ideológica, colocando brasileiros uns contra os outros", disse. Caso a
pasta seja mantida, Flávio confirmou o nome de Damares Alves, assessora do
senador Magno Malta (PR) como candidata a ministra.
Flávio Bolsonaro rebateu as críticas de
que o futuro governo não se preocupe com as questões ambientais. "Não é
uma questão menor para a gente, pelo contrário. Mas a estrutura está totalmente
aparelhada pela ideologia, pela esquerda". Segundo ele, três nomes ainda
estão sendo cotados para o Ministério do Meio Ambiente, entre eles, o do
agrônomo Xico Graziano.
Fonte:
G1
Redação/Blog
Edmilson Moura
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