Nesta quinta-feira (19) foi dado início no Fórum de Justiça de São
Luís Gonzaga uma audiência contra os envolvidos no assassinato de Natasha
Nascimento, travesti morta no dia 24 de outubro de 2020 quando voltava de uma
festa na zona rural do município. De acordo com informações, ela chegou a ser
brutalmente agredida e ficou jogada na estrada que liga São Luís Gonzaga à
BR-316.
Parentes de Natasha chegaram a ser intimados para uma audiência,
mas foram despachados pela justiça sob a justificativa de que apenas Antônio
Lopes seria ouvido nesta quinta (19). Ele é apontado como o homem
que emprestou às amigas a moto que passou por cima do corpo da vítima.
O caso de Natasha causou grande repercussão em todo estado pela
forma brutal em que ela foi assassinada. Agora, o desejo de todos que esperam
por justiça é que este não seja mais um caso a cair na impunidade.
Dona Deuzimar não supera a saudade da filha. A família pede
justiça ao saber que quem cometeu o crime está livre. "Sei que é muito
triste e estou clamando por justiça para que este caso não fique impune",
disse a mãe de Natasha.
Acusadas pela morte da trans Natasha, vão a júri popular
no interior do Maranhão. Arlieude de Sousa Ferreira, conhecida como
"chocotona" e Francy Rebeca Morais dos Santos são acusadas pelo
espancamento brutal e morte da transexual Natasha Nascimento, 29 anos, que
aconteceu no ano passado. Natasha foi espancada ao sair de uma festa na zona
rural de São Luís Gonzaga do Maranhão.
Durante a investigação, onze pessoas foram ouvidas e duas mulheres
chegaram a ser presas pelo assassinato, mas elas foram liberadas e aguardam o
julgamento em liberdade.
(CLIQUE AQUI), veja reportagem do acontecido em 2020.
"Ainda vão marcar o dia do julgamento delas, enquanto isso
estão liberadas e está escrito no papel que não é para andarem em festas, não
ficarem na rua até certo horário, sendo que nada disso estão cumprindo. Meu
filho já viu elas nas festas e eu não sei que lei é essa", disse dona Deuzimar.
A travesti de 29 anos foi encontrada na beira de uma estrada que
dá acesso à BR-316. Ela voltava de uma festa quando foi brutalmente espancada,
ficando com costelas quebradas, maxilar deslocado e precisou ser transferido em
estado grave para São Luís. Ela não resistiu aos ferimentos e morreu um mês
depois do crime.
O assassinato de Natasha foi um dos doze homicídios contra a população LGBTQIA+ em 2020 no Maranhão.



Nenhum comentário:
Postar um comentário