Jair Bolsonaro ao lado do filho mais velho, o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL) — Foto: Reprodução, Facebook
Filho do presidente eleito Jair Bolsonaro comentou nas redes sociais
caso do ex-assessor Fabrício Queiroz. Coaf identificou movimentações bancárias
de R$ 1,2 milhão consideradas suspeitas.
O deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ)publicou
nesta quinta-feira (13), nas redes sociais, uma mensagem na qual afirma que não
fez "nada de errado" no caso do ex-assessor citado em um relatório do
Conselho de Controle Atividades Financeiras (Coaf) por movimentações
bancárias de R$ 1,2 milhão consideradas suspeitas.
O nome de Fabrício José Carlos de Queiroz, ex-assessor do filho do
presidente eleito Jair Bolsonaro,
aparece no relatório que integrou a investigação da Operação Furna da Onça,
desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro que prendeu dez deputados
estaduais no início de dezembro.
Flávio negou em suas contas no Facebook e no Instragram que tenha
cometido qualquer irregularidade. Queiroz trabalhou no gabinete dele na
Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
"Não fiz nada de errado, sou o maior interessado em que tudo se
esclareça pra ontem, mas não posso me pronunciar sobre algo que não sei o que
é, envolvendo meu ex-assessor"”, escreveu o senador eleito nas redes
sociais.
Na internet, Flávio Bolsonaro também disse que está
"angustiado", querendo que tu se esclareça logo e "não paire
mais nenhuma dúvida" sobre a idoneidade dele.
"Garanto a todos que não dei e nunca darei motivos para isso. Não
vou decepcionar ninguém, confiem em mim. Se Deus quiser, tudo será esclarecido
em breve", declarou o filho do presidente eleito.
O filho do presidente eleito afirmou ainda que manterá sua
"coerência", sem "passar a mão na cabeça de quem errou". De
acordo com o senador eleito, Queiroz optou por não falar com a imprensa e dará
explicações somente ao Ministério Público.
"Isso é ruim pra mim, mas não tenho como obrigá-lo", escreveu
Flávio.
Na semana passada, o senador eleito declarou que conversou com Queiroz,
que lhe contou "uma história bastante plausível", sem
"ilegalidade", nas movimentações financeiras.
Entenda o caso
O nome de José Carlos de Queiroz, que era motorista de Flávio Bolsonaro
na Alerj, apareceu em relatório do Coaf publicado na semana passada em uma
reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo".
A análise do relatório do Coaf revelou que a maior parte dos depósitos
em espécie na conta do ex-motorista de Flávio Bolsonaro coincide com as datas
de pagamento na Assembleia Legislativa do Rio. Nove ex-assessores do filho do
presidente eleito repassaram dinheiro para o motorista.
O relatório também identificou um depósito de Queiroz no valor de R$ 24
mil na conta bancária da futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
O presidente eleito afirmou na semana passada que o depósito do
ex-assessor do filho na conta de Michele se tratou do pagamento de uma dívida
de R$ 40 mil com o próprio Bolsonaro. Segundo ele, Queiroz utilizou a conta da
futura primeira-dama para receber o dinheiro "por questão de
mobilidade". Bolsonaro alegou que tem pouco tempo para ir ao banco em
razão da rotina de trabalho.
Na noite desta quarta-feira (12), em uma transmissão ao vivo no
Facebook, Jair Bolsonaro afirmou que ele e o filho mais velho pagarão "a
conta" se houver algo de "errado" nas movimentações bancárias de
Queiroz.
"Se algo estiver
errado, seja comigo, com meu filho ou com o Queiroz, que paguemos a conta deste
erro, porque nós não podemos comungar com o erro de ninguém", ressaltou o
presidente eleito na transmissão pelo Facebook.
Fonte: G1 — Brasília
Redação/Blog Edmilson Moura.
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