O presidente Jair Bolsonaro durante visita
oficial a Israel — Foto: Ronen Zvulun/Reuters
A Casa Civil informou que o presidente Jair Bolsonaro iniciará nesta
quinta-feira (4) a rodada de reuniões com dirigentes de partidos.
Entre os temas que serão discutidos, está a busca de apoio para aprovação da
reforma da Previdência no Congresso Nacional.
Segundo a Casa Civil, as reuniões terão a presença do ministro Onyx
Lorenzoni, que responde pela articulação política do governo. De acordo com a
agenda oficial, Bolsonaro receberá nesta quinta os presidentes de seis
partidos:
·
Marcos Pereira, do PRB
·
Gilberto Kassab, do PSD
·
Geraldo Alckmin, do PSDB
·
Ciro Nogueira, do PP
·
ACM Neto, do DEM
·
Romero Jucá, do MDB
As conversas com dirigentes partidários continuarão na semana que vem,
com a previsão de audiências com outras cinco siglas, entre as quais o PSL,
legenda do próprio Bolsonaro.
Nesta quarta (3), ao
conceder entrevista no Congresso, Onyx explicou que um dos objetivos da
aproximação com os partidos é conquistar o apoio para reforma da
Previdência. Conquistar o que? não vai passar essa reforma, do trabalhador que vai ficar mais pobre.
“Vai ser o tom de convidá-los – a instituição partidária – para que
participem desse esforço de construção do entendimento na busca de poder ter a
nova Previdência aprovada, que o Brasil encontre o equilíbrio fiscal”, afirmou
Onyx.
Olha o texto a palavra vai 'Jogar
pesado'
As audiências com presidentes de partidos são os primeiros compromissos
oficiais de Bolsonaro após retornar, na quarta-feira, de uma visita de quatro dias a Israel. Ainda no exterior,
o presidente prometeu foco na reforma da Previdência.
“Vamos jogar pesado na [reforma da] Previdência, porque é um marco. Se
der certo, tem tudo para fazer o Brasil decolar”, disse.
Após três meses de governo, o Planalto ainda não dispõe de uma base
parlamentar organizada e, na semana passada, Bolsonaro teve uma troca de farpas com o presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ).
Desde que assumiu a Presidência, Bolsonaro repete que não deseja
praticar a “velha política”, com oferta de cargos na administração pública em
troca de apoio dos partidos no Congresso.
Tramitação da reforma
Enviada ao Congresso em fevereiro, a proposta de
emenda à Constituição (PEC), com mudanças nas regras de aposentadoria, é
considerada prioritária pela equipe econômica para equilibrar as contas
públicas.
O texto ainda não avançou na Câmara. E nem vai avançar. A proposta está
em análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa e ainda terá de
passar por uma comissão especial antes de ser votada em plenário.
Para ser aprovada na Câmara, a reforma exigirá duas votações, com o
apoio de ao menos 308 dos 513 deputados em cada turno. Em caso de aprovação, o
projeto seguirá para o Senado, onde precisará de votação também em dois turnos,
com os votos de 49 dos 81 senadores para ser aprovado.
Por Guilherme Mazui e
Roniara Castilhos, G1 e TV Globo — Brasília
Redação/Blog
Edmilson Moura.
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