O Banco do Brasil anunciou no último dia 11 de janeiro que irá fechar as
agências dos bairros Cohatrac e Praia Grande, na capital. Além de algumas
agências em São Luís, a instituição irá encerrar suas atividades em Caxias,
Bacabal e Imperatriz. No geral serão mais de 500 postos bancários fechados no
país?
No geral serão mais de 500 postos
bancários fechados no país. Além do fechamento das agências, o Banco do Brasil
visa perder cerca de 5 mil funcionários através da demissão voluntária,
justificando tais ações na sobrecarga de trabalhadores.
A era dos bancos digitais, que
fornecem serviços online, via aplicativo, tem tomado espaço e tem poupado as
agências bancárias das lotações de alguns anos atrás. Para o Sindicato dos
bancários do maranhão, a atitude tem o objetivo enfraquecer o BB e
privatizá-lo.
Veja. Escrito por: Rosely Rocha.
Banco do Brasil anuncia demissão de 5 mil e fechamento de 361 unidades
Em plena pandemia, o Banco do Brasil anunciou que abriu Plano de Demissão Voluntária (PDV) para cinco mil trabalhadores e trabalhadoras e o fechamento de 361 unidades entre agências e postos de atendimento
O
desmonte do serviço público de qualidade segue a todo vapor no governo de Jair
Bolsonaro (ex-PSL).Mais uma vez, o Banco do Brasil é alvo de demissões que
precarizam o atendimento e facilita a privatização. Sem se importar com o
atendimento dos seus clientes que mantêm mais de 73 millhões de contas
espalhadas por todo o país, a direção do BB, rezando a cartilha neoliberal do
ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes, anunciou nesta segunda-feira
(11) que quer demitir até 5 de fevereiro deste ano, cinco mil trabalhadores e
trabalhadoras, por meio de um Plano de Demissão Voluntária (PDV).
Além das demissões, serão
fechadas 112 agências, 242 postos de atendimento (PA) e sete escritórios, num
total de 361 unidades (ainda não foi
anunciado os locais ). O comunicado foi feito ao mercado financeiro pelo
vice-presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores, Carlos José
da Costa André.
Essas demissões e fechamentos de unidades se somam aos 17.758 empregos cortados e ao encerramento de 1.058 agências, entre o início de 2016 (ano do golpe contra a ex-presidenta Dilma) e o terceiro trimestre de 2020, o que representa uma queda de 16% e 19% respectivamente, de acordo com o último dado disponível sobre o Banco do Brasil. Por outro lado, no mesmo período o número de clientes do BB cresceu 15%, um acréscimo de 9,4 milhões.
Visando apenas ganhar
mais, o Banco do Brasil, diz que vai “economizar” R$ 353 milhões em 2021 e R$
2,7 bilhões até 2025, apesar do lucro bilionário que vem obtendo. Entre 2016 e
2019, o lucro líquido ajustado do BB apresentou crescimento de 122%. Era de R$
8,033 bilhões em 2016 e subiu para R$ 17,848 bilhões em 2019(o dado completo de
2020 ainda não foi divulgado). No mesmo período as receitas de tarifas e
prestação de serviços do banco cresceram 22% passando de R$ 24 bilhões para R$
29,2 bilhões.
“Ao
fechar agências e priorizando o atendimento eletrônico, o Banco do Brasil
impede o acesso dos mais idosos e dos que têm baixa escolaridade, não
familiarizados com o método, e até mesmo os micro e pequenos empresários, donos
de bares, restaurantes e pequenos supermercados que ainda utilizam os caixas do
BB para o depósito de malotes de dinheiro. Quem conta esse dinheiro é o
bancário que trabalha no Caixa”, alerta João Fukunaga, secretário de assuntos
jurídicos do Sindicato dos Bancários de São Paulo e funcionário do Banco do
Brasil.
O
dirigente acrescenta que a alegação do BB de que as pessoas estão utilizando
mais os canais alternativos de atendimento eletrônico não encontra eco nos
locais mais distantes dos grandes centros como a capital de São Paulo.
“Ao
reduzir o atendimento a direção do BB desmonta o papel social de um banco
público, aumentando as filas e dificultando o acesso. O idoso que tem conta no
Banco do Brasil vai procurar outra instituição financeira para poder movimentar
melhor a sua conta. Ele não vai sair do seu bairro para locais distantes para
ser atendido” acredita Fukunaga.
Outro
ponto considerado muito ruim pelo dirigente sindical é que o fechamento de
agências distantes dos centros urbanos dificultará ao acesso aos agricultores
familiares que dependem do crédito do banco. 55% de todo o crédito da
agricultura familiar é proveniente do BB.
“
O Banco do Brasil tem a sua maior carteira junto ao agronegócio, mas está
abandonando o pequeno agricultor. Em São Paulo, por exemplo, a prefeitura
suspendeu os contratos com uma cooperativa ligada a Unisol, para fornecimento
de alimentos que compõem a merenda das escolas municipais. Sem uma agência do
BB próxima, esse agricultor vai procurar uma agência de um banco privado com
taxas de juros extorsivas”, lamenta Fukunaga.
Pressão
para aderir ao PDV
Segundo
Fukunaga, a direção do BB quer demitir os trabalhadores e trabalhadoras com
mais tempo de casa, o que vai fazer o banco perder expertise, a experiência dos
mais velhos. E uma das formas de pressão para que elas adiram ao PDV é rebaixar
cargos e salários. O banco definiu que vai demitir quem tem mais tempo de casa
e possa receber, no máximo, R$ 450 mil de indenização com as regras do PDV que
costumam ser mais vantajosas do que as demissões normais.
“Um
gerente que ganhe quatro, cinco vezes a mais do que um escriturário vai aceitar
a demissão voluntária por que sabe que adiante pode perder o cargo, voltando a
receber um salário bem menor, o que impactará na vida financeira dele e da
família”, afirma o dirigente sindical.
Ainda de acordo com Fukunaga, o sindicato está trabalhando para saber onde ficam as unidades que serão fechadas e transformadas de agências para Postos de Atendimento.
Fonte: CUT BRASIL e;
Blog Luis Cardoso.
Blog Edmilson Moura.
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