Manifestantes são contra PL 490, que prevê modificações nas demarcações de terras indígenas.
Policiais legislativos usaram bombas de efeito moral, gás
lacrimogêneo e gás de pimenta para dispensar nesta terça feira dia 22/06/2021
uma manifestação de indígenas em frente ao anexo 2 da Câmara dos Deputados.
Segundo informações da Articulação dos Povos Indígenas (Apib), da Polícia
Militar do Distrito Federal e da Câmara dos Deputados, foram feridos três
indígenas, dois policiais, um segurança do Congresso e um servidor
administrativo do Legislativo.
O tumulto ocorreu na entrada que dá acesso a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que votava proposta que os indígenas consideram perigosa por permitir atividades comerciais em suas terras. O protesto teve a participação de 500 a 850 indígenas. Segundo os índígenas, houve também disparo de balas de borracha - a Câmara nega. Segundo a Câmara, houve disparo de flechas.
Em virtude da confusão, a reunião que discutiria o projeto de lei na CCJ foi cancelada.Os indígenas protestam para pedir o arquivamento do Projeto de Lei 490/2007. O PL prevê uma série de modificações nas demarcações de terras indígenas. Uma das mudanças seria a de que povos indígenas só teriam direito àquelas terras que estivessem em sua posse no dia 5 de outubro de 1988. O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) ainda acusa o projeto de permitir que as terras indígenas sejam usadas para o agronegócio, a mineração e a construção de hidrelétricas.A proposta está em análise na CCJ da Casa. Se for aprovada pelos deputados, ainda precisa ir para o Senado. A reunião da comissão que estava programada para ontem foi cancelada após a manifestação.
A Câmara dos Deputados informou que o gás foi usado depois
que os manifestantes teriam tentado invadir o prédio. O PM foi atingido no pé e
passa bem. Os outros dois foram encaminhados para um hospital particular com
ferimentos na perna e no tórax. Segundo a Polícia Militar do DF, a PM foi
acionada pela Câmara após a suposta tentativa de invasão ser evitada. A tropa
de choque está no local para evitar novas manifestações.


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