Renan, Omar e Randolfe, comando da CPI: "Asseguramos que os responsáveis pagarão por seus erros"
O Brasil
alcançou neste sábado (19) a triste marca de 500 mil vítimas de covid-19. O
número foi divulgado pelo consórcio de veículos de imprensa, a partir das
informações das secretarias de saúde dos estados. Senadores integrantes da CPI
da Pandemia divulgaram nota lamentando a estatística.
"Asseguramos
que os responsáveis pagarão por seus erros, omissões, desprezos e deboches. Não
chegamos a esse quadro devastador, desumano, por acaso. Há culpados e eles, no
que depender da CPI, serão punidos exemplarmente. Os crimes contra a
humanidade, os morticínios e os genocídios não se apagam, nem prescrevem",
diz a nota de pesar.
Assinam o
comunicado os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Randolfe Rodrigues
(Rede-AP), Renan Calheiros (MDB-AL), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Otto
Alencar (PSD-BA), Eduardo Braga (MDB-AM), Humberto Costa
(PT-PE), Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Rogério Carvalho
(PT-SE), Eliziane Gama (Cidadania-MA). Segundo os dados do consórdio, o
Brasil contabiliza 500.022 mortes desde o início da pandemia e 17,8
milhões de casos confirmados.
O presidente
do Senado, Rodrigo Pacheco, prestou solidariedade às famílias pelo Twitter:
"Meus sinceros sentimentos às 500 mil famílias brasileiras que perderam
alguém para a Covid 19. Uma enorme tristeza nacional. Vamos manter o foco na
prevenção e na vacina para todos".
Redes sociais
Outros senadores
também se manifestaram. Para o senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL), essa foi a
notícia que ninguém queria ler. "A vacina para a população precisa chegar
ainda mais rapidamente e os cuidados não devem ser cessados", pediu.
Weverton
(PDT-MA) comparou o número com o sumiço de uma cidade
inteira de médio porte. "Uma tragédia nacional, que poderia ter
sido evitada", afirmou.
Médica, a
senadora Zenaide Maia (Pros-RN) também ressaltou que a tragédia poderia ter
sido evitada: "mortes que poderiam ter sido evitadas se houvesse
coordenação nacional no combate ao vírus; se o governo não tivesse negado a
ciência, não tivesse atrasado a compra de vacinas; se estimulasse o uso de
máscaras, se não tivesse provocado aglomerações".
O senador
Veneziano Vital do Rego (MDB-PB) reforçou a importância da ciência no combate à
pandemia. "Que a dor das famílias e a indignação de todos nós sirvam para
que o Brasil não continue com os equívocos cometidos até agora", tuitou.
"E que a ciência seja definitivamente, a base das ações contra esse mal em
nosso país."
Também
médico, o senador Confúcio Moura (MDB-RO) lamentou o Brasil ser segundo país em
número de mortes. "Apenas os EUA registram mais óbitos, com uma diferença:
lá, os casos decaem, atrelados a um índice de 50% das pessoas com a segunda
dose. No Brasil só 12% estão completamente protegidos."
O senador
Marcos do Val (Podemos-ES) afirmou não ser possível ficar indiferente ao fato.
"Hoje não se discute culpa, ação, omissão, de países, pessoas, líderes. O
momento não é para palanque político", lamentou.
Vacinas
No
Instagram, a senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) registrou ter tomado sua
primeira dose da vacina contra covid-19 no mesmo dia em que o Brasil atingiu a
marca dos 500 mil mortos. "Em meio a tanta dor, fica difícil
comemorar. É hora de união, de compaixão entre os brasileiros",
declarou a senadora, solidarizando-se com quem perdeu entes queridos na
pandemia.
Também no
Instagram, o senador Marcos Rogério (DEM-RO) comparou as perdas para
a covid-19 à quase totalidade da população de Porto Velho, ou 27% dos cidadãos
que vivem em Rondônia. “Não há palavras suficientes para lamentar essa
terrível tragédia. Enquanto parlamentar, sigo trabalhando em busca de
vacinas, oxigênio e insumos”, prometeu.
Os senadores
Simone Tebet (MDB-MS), Cid Gomes (PDT-CE), Izalci Lucas (PSDB-DF), Jean Paul
Prates (PT-RN) Lucas Barreto (PSD-AM), Jaques Wagner (PT-BA), Paulo Rocha
(PT-PA), Rogério Carvalho (PT-SE), Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Plínio
Valério (PSDB-AM), Leila Barros (PSB-DF), Angelo Coronel (PSD-BA) e Kajuru
(Podemos-GO) também prestaram solidariedade às famílias das vítimas.
Faixa do Rio de Paz questiona onde o Brasil errou no combate ao coronavírus — Foto: Reprodução
Veja a
íntegra da nota de parte dos integrantes da CPI da Pandemia a seguir:
Nota Pública da Maioria dos
Membros da Comissão Parlamentar de Inquérito da PANDEMIA.
Nessa data
dolorosamente trágica, quando o Brasil contabiliza 500 mil mortes, desejamos
transmitir nossos mais profundos sentimentos ao País.Temos consciência que
nenhuma palavra é suficiente para consolar e superar a dor das perdas de nossas
famílias. São 500 mil sonhos interrompidos, 500 mil vidas ceifadas
precocemente, 500 mil planos, desejos e projetos. Meio milhão de vidas que
poderiam ter sido poupadas, com bom-senso, escolhas acertadas e respeito à
ciência.
Asseguramos
que os responsáveis pagarão por seus erros, omissões, desprezos e deboches. Não
chegamos a esse quadro devastador, desumano, por acaso. Há culpados e eles, no
que depender da CPI, serão punidos exemplarmente. Os crimes contra a
humanidade, os morticínios e os genocídios não se apagam, nem prescrevem. Eles
se eternizam e, antes da justiça Divina, eles se encontrarão com a
justiça dos homens.
Omar Aziz (Presidente CPI)
Randolfe Rodrigues (Vice Presidente )
Renan Calheiros (Relator)
Tasso Jereissati
Otto Alencar
Eduardo Braga
Humberto Costa
Alessandro Vieira
Rogério Carvalho
Eliziane Gama
Fonte:
Agência Senado


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