Josimar
Maranhãozinho (MA), Pastor Gil (MA) e Bosco Costa (SE) são investigados por
supostos desvios de recursos de emendas parlamentares.
O deputado Josimar de Maranhãozinho (PL-MA) foi flagrado pela polícia com maços de dinheiro na mão, em casa e nos escritórios. A vigilância supervisionada pelo STF durou um ano, incluiu registros em áudio e vídeo, e apreensão R$ 2 milhões em dinheiro vivo, em dezembro passado Polícia Federal/Reprodução/VEJA
A PF realizou na
manhã desta sexta-feira uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão
em endereços ligados aos deputados Josimar Maranhãozinho (MA), Pastor Gil (MA)
e Bosco Costa (SE), todos do PL — partido do presidente Jair Bolsonaro e de
Valdemar Costa Neto. Eles são investigados por supostos desvios de recursos de
emendas parlamentares.
As ações foram autorizadas pelo ministro do STF Ricardo Lewandowski, que permitiu buscas nas residências e locais de trabalho dos investigados, mas negou diligências em gabinetes de parlamentares. A PGR recorreu e o Plenário do Supremo manteve a decisão em sessão virtual.
O ministro decretou que a operação corra sob sigilo.
Em dezembro, Maranhãozinho já havia sido flagrado pela polícia com maços de dinheiro na mão, em casa e nos escritórios. A vigilância supervisionada pelo STF durou um ano, incluiu registros em áudio e vídeo, e apreensão 2 milhões de reais em dinheiro vivo.
Caixa de dinheiro
Em dezembro passado, o GLOBO mostrou trechos de vídeos gravados em ação controlada da PF nos quais o deputado entrega uma caixa de dinheiro a um aliado. As imagens foram feitas por meio da Operação Descalabro, dentro de um segundo inquérito em que Maranhãozinho é alvo, também por desvios de recursos públicos. Nessa investigação, a Polícia Federal concluiu que Maranhãozinho desviou recursos de emendas parlamentares destinados a prefeituras do Maranhão, por meio de pagamentos a empresas ligadas a ele.
Os valores eram sacados em dinheiro vivo e devolvidos ao parlamentar, que também os redistribuía a aliados. O relatório final foi enviado na semana passada ao Supremo Tribunal Federal (STF), sob sigilo. Caberá agora à Procuradoria-Geral da República (PGR) avaliar se apresenta denúncia contra Maranhãozinho.
Maranhãozinho é aliado do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e chegou a cita-lo em áudios gravados pela PF, como mostrou O GLOBO. O PL é o partido ao qual o presidente Jair Bolsonaro se filiou para disputar a reeleição no próximo ano, em uma cerimônia em Brasília que contou com a presença de Maranhãozinho.
Conforme mostrou O
GLOBO, o deputado registrou um crescimento patrimonial que superou a sua
ascensão na política. Em 2008, quando tentou a reeleição a prefeito de
Maranhãozinho, no Maranhão, Josimar declarou que os seus bens somavam R$ 463,9
mil. Dez anos depois, quando concorreu ao cargo de deputado federal, o
patrimônio informado foi de R$ 14,5 milhões. Ou seja, uma alta de 1.652%, em
valores já corrigidos no período.
Fonte: Veja e o Globo.
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