Adélio Bispo, homem que esfaqueou Jair Bolsonaro em 2018. RICARDO MORAES/REUTERS - 08.09.2018
Adélio
foi reavaliado e poderá receber liberdade se não oferecer mais riscos à
sociedade. A Justiça Federal concluiu nesta
segunda-feira (25) uma perícia médica em
Adélio Bispo de Oliveira, responsável por esfaquear
o presidente Jair Bolsonaro durante a campanha presidencial
de 2018. O resultado do exame deve ser divulgado em até 30 dias. Se for
constatado que Adélio não oferece riscos à sociedade, ele será libertado.
Adélio está internado na
penitenciária federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, desde o atentado
a Bolsonaro. Ele foi diagnosticado com transtorno delirante
permanente-paranoide — quando o paciente não consegue diferenciar fatos criados
pela própria mente do que é real — e recebe tratamento psiquiátrico no presídio.
Se a perícia se decidir pela
liberdade de Adélio, ele não sofrerá outras sanções. Contudo, terá de ser
avaliado de tempos em tempos para verificação de alguma possível piora em seu
estado mental.
Adélio foi absolvido impropriamente
pelo juiz federal Bruno Savino em 14 de junho de 2019. A absolvição imprópria é
um dispositivo que pode ser aplicado aos réus considerados inimputáveis. O réu
não é sentenciado a uma pena, mas deve cumprir medida de segurança. No caso de
Adélio, a prisão preventiva foi convertida em internação.
A Polícia Federal abriu dois
inquéritos para apurar a facada. No primeiro deles, sobre as circunstâncias do
crime, concluiu que Adélio tinha agido por motivação política, mas que ele
sofria de distúrbio mental. No segundo, a investigação foi para saber se havia
um mandante do atentado.
O inquérito chegou à conclusão de que
não houve participação de terceiros. A investigação foi reaberta no ano passado
e ainda está em curso.

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