Uma jovem de 22 anos enfrentou um colapso permanente dos pulmões devido
ao uso de vape. Karlee Ozkurt iniciou seu hábito de fumar aos 15 anos e
continuou até os 20 anos, tornando-se dependente do cigarro eletrônico durante
esse período.
Karlee recebeu seu primeiro cigarro eletrônico de amigas quando estava
no colégio e rapidamente desenvolveu uma dependência. Em uma entrevista ao
Daily Mail, ela admitiu: "Eu pensava que usar cigarro eletrônico era algo
divertido. Não percebi o quão estúpido era até que fosse tarde demais."
Ela lamentou os danos irreparáveis causados aos seus pulmões,
reconhecendo que poderia morrer prematuramente devido ao hábito incentivado por
suas amigas. O primeiro colapso pulmonar ocorreu em 2021, dois anos após
começar a fumar, e embora tenha ficado três meses sem vape após o susto
inicial, eventualmente voltou ao hábito. No final de 2022, enfrentou outro
colapso pulmonar, exigindo cirurgia de emergência.
Um colapso pulmonar, ou atelectasia, é quando o tecido
pulmonar perde volume e contrai, podendo ser assintomático ou causar dores
intensas, como ocorreu no segundo diagnóstico de Karlee. Essa condição também
leva a dificuldades respiratórias intensas e aumenta o risco de desenvolver
pneumonia, tosse crônica, enfisema pulmonar ou doença pulmonar obstrutiva
crônica (DPOC) se não for tratada.
Depois do segundo colapso pulmonar, Karlee conseguiu parar definitivamente de fumar. Ela agora depende de comprimidos para lidar com a dependência de nicotina e faz fisioterapia para recuperar sua capacidade respiratória. Karlee aconselha enfaticamente as pessoas a evitarem iniciar o uso de dispositivos de vape e, se já estiverem fumando, a pararem imediatamente enquanto ainda há tempo.
QUAIS OS RISCOS DE USAR O CIGARRO ELETRÔNICO?
Nos últimos anos, o mercado tem
testemunhado o crescimento acelerado do cigarro eletrônico, também conhecido
como “vape”.
Esses dispositivos prometem ser uma
alternativa mais segura ao tabagismo convencional. No entanto, por trás da
fumaça aromatizada e das promessas de redução de danos, escondem-se riscos
significativos para a saúde.
Como ele pode afetar o bem-estar de
quem faz o uso?
Ao contrário do que muitos acreditam,
o líquido utilizado nos cigarros eletrônicos não é apenas vapor de água. Ele
consiste em uma mistura de substâncias químicas, muitas das quais são altamente
tóxicas e prejudiciais à saúde. E ainda há casos do que contêm nicotina, que é
altamente viciante, além disso, o sabor agradável muitas vezes mascara a
presença de compostos tóxicos, criando uma ilusão de segurança.
Riscos respiratórios e cardiovasculares
Diferentemente do mito de que “VAPE” é inofensivo para os pulmões,
estudos têm mostrado que o ato de inalar vapores químicos pode causar danos
significativos aos pulmões. O uso contínuo de cigarros eletrônicos tem sido
associado a condições como bronquite, inflamação pulmonar e até mesmo
pneumonias graves. Além disso, o vapor liberado pelos dispositivos pode conter
partículas ultrafinas que penetram profundamente nos pulmões, agravando ainda
mais os problemas respiratórios.
Segundo o Ministério da Saúde,
existem diversos relatos de casos com diferentes características, desde
sintomas respiratórios leves até pneumotórax espontâneo, que seria uma presença
de ar na membrana interna do tórax.
Pode causar dependência e prejudicar
a saúde mental?
A natureza altamente viciante da
nicotina nos cigarros eletrônicos pode levar à dependência rapidamente,
deixando os usuários lutando para se libertar desse ciclo. A dependência de
nicotina não afeta apenas o corpo, mas também a saúde mental. Ansiedade,
irritabilidade e dificuldades de concentração são sintomas comuns de
abstinência, afetando a qualidade de vida dos usuários.
Embora o cigarro eletrônico seja comercializado como uma alternativa “mais segura” ao tabagismo, a realidade é que ele carrega riscos substanciais para a saúde. Desde a composição química prejudicial até os efeitos adversos sobre os pulmões, a dependência química e os impactos negativos sobre os jovens, o “VAPE” não deve ser subestimado. Promover a conscientização sobre esses malefícios é essencial para que as pessoas possam tomar decisões informadas sobre seu bem-estar. Lembre-se sempre de consultar profissionais de saúde antes de adotar qualquer hábito que possa afetar sua saúde a longo prazo.
Fonte: Metrópoles.
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