quinta-feira, 23 de maio de 2024

CASTRAÇÃO QUÍMICA PARA ESTUPRADORES: DEPUTADOS DE DIREITA VÃO TENTAR ENDURECER REGRAS A PROPOSTA FOI APROVADA EM CARÁTER TERMINATIVO NO SENADO E SERÁ ANALISADA PELA CÂMARA.

Foto: Saulo Cruz/Agência Senado.

Proposta foi aprovada em caráter terminativo no Senado e será analisada pela Câmara. A castração química voluntária para estupradores reincidentes.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou, em caráter terminativo, o PL 3.127/2019, que prevê o cumprimento da pena em liberdade condicional para condenados por crimes sexuais, por mais de uma vez, que optarem pelo tratamento hormonal de redução de libido. De autoria do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN), o texto dá a alternativa para reincidentes nos crimes de estupro, violação sexual mediante fraude, e estupro de vulnerável. O projeto, relatado pelo senador Angelo Coronel (PSD-BA) segue para a Câmara.

O projeto que autoriza a castração química voluntária para estupradores deve chegar à Câmara nos próximos dias. O projeto foi aprovado na em caráter terminativo na Comissão de Constituição e Justiça do Senado na quarta-feira (22/5). A data para votação da proposta e o relator do projeto na Câmara ainda não foram definidos. Mas o projeto deve receber apoio de muitos deputados, especialmente os de direita. 

O deputado Keniston Braga (MDB-PA) acredita que o projeto será aprovado na Câmara sem maiores dificuldades, o parlamentar afirmou que é a favor do projeto e vai construir diálogo com aqueles que eventualmente sejam contra, para aprovar a proposta. “Minha opinião é totalmente satisfatória ao projeto pelo alto índice de violência sexual que temos no Brasil. E o projeto não viola os Direitos humanos porque é opcional. O parlamento precisa criar alternativas para que a gente possa enfrentar esse problema e reduzir esses índices da violência sexual, e essa proposta é positiva e pode ser muito bem aceita pela sociedade. Na Câmara não vai ser diferente e deve ser aprovada com facilidade”, afirmou. 

Alguns deputados, no entanto, querem endurecer as regras previstas no projeto. Parlamentares do PL ouvidos pelo Correio afirmam que vão apresentar emendas ao texto para alterar trechos considerados “brandos”. É o caso de Capitão Alden, da Bahia, e Luciano Zucco, do Rio Grande do Sul. 

“Eu sou favorável à tese da castração química cirúrgica obrigatória para todos os estupradores. Mas o projeto aprovado no Senado faculta ao preso essa possibilidade como forma de atenuar a pena. E a castração é química. Desse jeito o projeto ficou até brando. Na Câmara vou defender o endurecimento das penalidades”, afirmou o deputado federal Luciano Zucco (PL-RS) ao Correio. 

Na mesma linha, Capitão Alden (PL-BA) afirma que vai tentar tornar o projeto mais rigoroso assim que começar a tramitação da proposta na Câmara. “Sou a favor do projeto da castração química para os presidiários. Inclusive, entendo que a medida deveria ser mais severa se estendendo não apenas para casos de reincidência em crimes sexuais, mas para todos os casos envolvendo condenados por crimes sexuais. Os deputados da esquerda, certamente, vão querer inviabilizar a aprovação do projeto na Câmara, pois eles são contra a medidas que visam punir infratores.”

Castração química voluntária para condenados por crimes sexuais

O projeto aprovado pelo Senado, de autoria do senador Styvenson Valentim (Podemos/RN) prevê  o tratamento químico hormonal para reduzir a libido de condenados por crimes sexuais como estupro e violação sexual. Os condenados reincidentes poderão optar por fazer o tratamento hormonal de ‘castração’ e poderão ter, em contrapartida, redução da pena ou até extinção da pena.

Transcrição
A CASTRAÇÃO QUÍMICA VOLUNTÁRIA DE CONDENADOS MAIS DE UMA VEZ POR CRIMES SEXUAIS FOI APROVADA PELA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA POR 17 VOTOS A 3. O PROJETO SEGUE PARA A CÂMARA DOS DEPUTADOS, SE NÃO HOUVER RECURSO PARA VOTAÇÃO EM PLENÁRIO. A REPÓRTER MARCELLA CUNHA TEM OS DETALHES: O projeto do senador Styvenson Valentim, do Podemos do Rio Grande do Norte, prevê que o condenado, mais de uma vez, por crimes contra a liberdade sexual poderá optar pela castração química e assim obter liberdade condicional. O tratamento hormonal de contenção da libido será voluntário e oferecido apenas a quem for reincidente nos crimes de estupro, violação sexual mediante fraude, e estupro de vulnerável, menor de 14 anos. O senador Flávio Bolsonaro, do PL do Rio de Janeiro, acredita que a medida vai inibir novos casos: (sen. Flávio Bolsonaro) "Esse talvez seja o crime mais abominável da nossa sociedade. E o trauma que fica para uma criança, uma mulher, pro resto da vida. Essa fica condenada a uma prisão perpétua e preisa de muito tratamento para conseguir superar. para retomar a vida. Então, é uma pauta que extravasa da questão ideológica Certamente a gente vai estar fazendo o bem par amuitas mulheres e talvez até par aos estupradores para se livrarem disso, que talvez não tenham nem controle, dependendo do caso." O texto cita que a medida vem sendo aplicada em países como Reino Unido, Noruega, Agentina e partes dos Estados Unidos com sucesso. A proposta recebeu três votos contrários, entre eles do líder do governo, Jaques Wagner do PT Bahia. Para ele, o inibidor de libido pode incentivar outras formas de violência em indivíduos com alguma patologia.  (sen. Jaques Wagner ) "A gente fez isso aí, ele não poderá mais estuprar no sentido literal da palavra. Sei lá, Deus livre e guarde, se ele vai pegar uma faca: 'Já que agora eu sofri isso por causa das mulheres, agora eu vou fazer isso e aquilo outro'. Não sei. Então, eu tenho medo se essa saída é uma saída ou se nós vamos empurrar esse cara sei lá para o quê. Porque é uma perversão. É um cara que é doente mental. O que que ele vai fazer com ira." A aceitação do tratamento não vai reduzir a pena aplicada, mas permitir que seja cumprida em liberdade condicional enquanto durar a aplicação hormonal. O preso só poderá sair do regime fechado depois que uma comissão médica confirmar o início do efeito inibidor de libido. O relator foi o senador Angelo Coronel, do PSD da Bahia. Uma emenda do senador Sérgio Moro, do União do Paraná, foi incoporada ao relatório para reduzir de dois terços para um terço o tempo que o condenado precisa ter cumprido em regime fechado para ter acesso ao tratamento, feito em hospital de custódia. O objetivo é incentivar mais adesões, considerando o prazo mais curto para a liberdade condicional. Da Rádio Senado, Marcella Cunha.

Fonte: SENADO FEDERAL.

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