Imagem Ilustrativa.
Após dois anos com bandeira verde, a conta de luz ficará amarela neste mês de julho, com o retorno da cobrança extra por causa do acionamento das usinas termelétricas, que funcionam mais em períodos de menos chuvas, a um custo mais elevado do que o das hidrelétricas.
Pela primeira vez desde abril de 2022, o governo acionou a bandeira amarela
para as tarifas de energia elétrica, válida para o mês de julho.
Com isso, haverá um
custo adicional, encarecendo a energia elétrica para famílias e empresas.
Com a bandeira amarela em vigor:
A tarifa aumenta R$ 1,88 a cada 100
kilowatt-hora (kWh).
O consumo médio em uma residência
brasileira na zona urbana varia entre 150 kWh e 200 kWh (sem ar-condicionado).
Em nota, a Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) explicou que os fatores que levaram à adoção da bandeira amarela
são:
Previsão de chuvas abaixo da média no
segundo semestre (cerca de 50% menos que o normal).
Previsão de temperaturas acima da média
no inverno, o que levará ao aumento do uso de aparelhos para amenizar o
ambiente.
Com essa combinação de fatores, o
consumo de energia deve aumentar, enquanto as hidrelétricas terão menos água
disponível.
Assim, o governo precisará acionar as
usinas termelétricas, que funcionam a partir da queima de combustível e são
mais caras que as hidrelétricas.
De acordo com a Aneel, o sistema de
bandeiras, que além da verde e da amarela, inclui a vermelha, a mais cara,
incentiva os consumidores a controlarem seu consumo de energia, economizando
eletricidade e reduzindo a necessidade de acionar as termelétricas.
Essa é a primeira alteração na bandeira desde abril de 2022. Ao todo, foram 26 meses com bandeira verde. Com o sistema de bandeiras, o consumidor consegue fazer escolhas de consumo que contribuem para reduzir os custos de operação do sistema, reduzindo a necessidade de acionar termelétricas. Antes das bandeiras, o repasse desses custos de operação era feito apenas nos reajustes tarifários anuais, o consumidor não tinha a informação de que a energia estava cara naquele momento e, portanto, não tinha um sinal para reagir a um preço mais alto. Dessa forma, o consumidor ganha um papel mais ativo na definição de sua conta de energia. Ao saber, por exemplo, que a bandeira está vermelha, o consumidor pode adaptar seu consumo para ajudar a reduzir o valor da conta.
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