terça-feira, 15 de julho de 2025

CADEIA: BOLSONARO PODE PEGAR PENA MÁXIMA E MORRER PRESO. ACHO QUE "NÃO EXISTE MI-MI" ASSISTA O VÍDEO.

Valter CampanatoAgência Brasil

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou na segunda-feira (14) as alegações finais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus do núcleo 1 da trama golpista.

No documento de 517 páginas, o procurador-geral Paulo Gonet defende que Bolsonaro seja condenado por cinco crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, e deterioração de patrimônio tombado.

Segundo informações do UOLas penas máximas para os crimes podem chegar a 46 anos de prisão, embora especialistas considerem improvável uma condenação ao tempo máximo.

Para Bolsonaro, que está com 70 anos e enfrenta problemas de saúde decorrentes da facada de 2018 — incluindo esofagite intensa que o obrigou a ficar de molho em julho —, uma condenação severa levantaria questões sobre sua expectativa de vida.

“É duvidoso que ele tenha saúde para permanecer por muito tempo em uma cela de qualquer tipo”, avaliou o colunista do Metrópoles, Mario Sabino. O UOL indica que a tendência é que Bolsonaro cumpra prisão domiciliar caso seja condenado.

Em maio deste ano, o próprio Bolsonaro comentou sobre a possibilidade: “Eu, com 40 anos de cadeia no lombo, não tenho recurso para lugar nenhum, eu vou morrer na cadeia. Qual crime? Crime impossível, golpe da Disney. Junto com o Pateta, com a Minnie e com o Pato Donald, que eu estava lá em Orlando, programou esse golpe aí”, disse ao canal AuriVerde Brasil [veja vídeo abaixo].

"NÃO EXISTE MI-MI" ASSISTA O VÍDEO.

Auri Verde Brasil

O QUE VEM AGORA APÓS PGR PEDIR CONDENAÇÃO DE BOLSONARO.

Bolsonaro durante manifestação

Jair Bolsonaro e mais sete réus devem ser julgados pelo STF ainda este ano; ex-presidente pode ser condenado a mais de 40 anos de prisãoFoto: Jean Carniel/REUTERSgamento

O julgamento ficará a cargo da Primeira Turma do STF, composta por cinco ministros: Cristiano Zanin (presidente da turma), Alexandre de Moraes (relator do caso), Cármen LúciaLuiz Fux e Flávio Dino.

Moraes, responsável por conduzir a investigação no STF, deve anunciar seu voto, que será submetido aos demais membros do colegiado. Eles decidirão sobre a culpa ou inocência de cada réu. Caso a maioria dos magistrados decida pela condenação, as penas poderão ser determinadas na mesma sessão.

As defesas dos eventuais condenados poderão recorrer ao próprio STF.

Em caso de absolvição, o processo é arquivado, e não há punição.

A ação penal em questão se refere apenas ao núcleo central da tentativa de ruptura democrática. O STF segue colhendo depoimentos de testemunhas para as demais ações penais em curso. Há processos em andamento relativos aos núcleos de gerenciamento de ações, de ações táticas e de desinformação.

Bolsonaro pode ser preso antes?

O único réu do "núcleo crucial" que está preso é o general Walter Braga Netto, que foi chefe da Casa Civil, ministro da Defesa e também vice na chapa de Bolsonaro na eleição de 2022. Ele está detido desde dezembro do ano passado, sob acusação de obstruir a investigação, inclusive tentando obter detalhes da delação de Mauro Cid.

Uma prisão preventiva de Bolsonaro é considerada improvável, já que ele não apresentou risco de atrapalhar o processo ou fugir do país, uma vez que seu passaporte está retido.

Alegações finais do procurador-geral da República reforçam pedido de prisão de ex-presidente e demais réus do núcleo central da tentativa de golpe de Estado; julgamento é esperado para setembro.

A ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus por tentativa de golpe de Estado chegou à reta final com o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) de condenação do "núcleo crucial" da trama golpista.

A PGR encaminhou as alegações finais do processo na noite de segunda-feira (14/07) ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do caso. Essa é a última etapa antes do julgamento que pode levar Bolsonaro à prisão. As defesas dos réus e do delator, o tenente-coronel e ajudante de ordens Mauro Cid, também devem manifestar suas últimas alegações nos próximos dias.

Em seu parecer, de 517 páginas, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, resume o caso e afirma "aguardar" a condenação de Bolsonaro e dos demais réus, acusados de integrar o "núcleo crucial" da trama. Ele recomenda penas que podem chegar a mais de 40 anos de prisão contra o ex-presidente.

O documento descreve um "plano progressivo e sistemático" para minar a alternância de poder e prejudicar o Judiciário, documentado por mensagens, reuniões e áudios que demonstram articulação do grupo para fraudar o resultado das eleições de 2022.

A PGR afirma ter reunido provas sólidas — delações, documentos, registros eletrônicos, perícias — que confirmam o comportamento pretendido e planejado pelo grupo para impedir a posse do presidente Lula.

A acusação reforça que o grupo era hierarquizado, armado e envolvia militares. Bolsonaro teria tido papel de liderança, com apoio logístico, mobilização de tropas e financiamentos.

Entenda os próximos passos do processo:

Últimas alegações

As alegações finais apresentadas pela PGR reiteram a denúncia apresentada pelo órgão em fevereiro.

Em março, a Primeira Turma do STF autorizou a abertura da ação penal contra o grupo.

Nos meses seguintes, o processo passou pela fase de instrução processual, com a coleta de provas, depoimentos e acareação.

As alegações finais encerram a fase de instrução e são a última oportunidade da acusação e das defesas de apresentar argumentos e provas antes do julgamento.

O primeiro réu a apresentar suas últimas alegações será Mauro Cid, que firmou acordo de colaboração com a Polícia Federal, na qual apresentou informações fundamentais sobre o plano de golpe. Sua defesa terá o prazo de 15 dias para se manifestar.

Na sequência, a defesa dos demais réus terão mais 15 dias para apresentar seus argumentos. São eles: Walter Braga Netto, Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira.

Encerradas as alegações finais da PGR e das defesas, será marcado o julgamento. A expectativa no STF é que isso ocorra ainda em setembro. 

sf/ra (Agência Brasil, ots)

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