Johnathan
de Sousa Silva. Em depoimento à polícia,
Jhonathan Sousa Silva, preso no Complexo de Pedrinhas pelo assassinato do
jornalista Décio Sá em 2012, disse que matou o detento Alan Kardec porque
estava sendo ameaçado de morte. O crime ocorreu domingo último, no presídio São
Luís 4.
Silva relatou ainda que há duas semanas se desentendeu com Alan Kardec em um jogo de xadrez, tendo ele dito para outro interno que resolveria com o interrogado suas diferenças na quadra, porque, se não fosse do jeito dele, iria esfaqueá-lo.
“Quando se encontrava em sua
cela, uma noite antes do crime, ouviu o barulho de amolar de facas, mas não
sabia de qual cela vinha. Na manhã, quando foi ao banheiro, encontrou um chuço
no chão, próximo ao vaso sanitário. Pegou o chuço, indo em direção a Alan
Kardec, e desferiu um golpe na região do peito”, relatou.
De acordo com a Secretaria de
Estado da Segurança Pública (SSP-MA), o caso será coordenado pelo delegado
Luigi Conde Neto, da 12ª Delegacia de Polícia Civil, do bairro Maracanã.
Detalhes sobre o caso serão mantidos em sigilo para não comprometer o andamento
do processo investigativo. A Polícia Civil abriu um inquérito, e o caso está
sendo investigado.
Jhonathan de Sousa retornou à
Unidade Prisional de Ressocialização de São Luís (UPSL 4), onde estava
custodiado em uma cela individual, em regime diferenciado. Segundo informações,
ele retornou ao mesmo xadrez onde estava, justamente onde encontrou, no
banheiro, o pedaço de ferro que foi transformado em arma usada para assassinar
Alan Kardec.
O criminoso matou Alan Kardec
Dias Mota com golpes de ferro no peito, por volta das 7h30 do domingo, no
horário do banho de sol. O detento ainda chegou a ser levado para o Hospital
Municipal Dr. Clementino Moura (Socorrão II), mas não resistiu e morreu no fim
da tarde.
Alan Kardec Dias Mota era
apontado como fundador de uma facção criminosa que atua em São Luís e era um
criminoso considerado de altíssima periculosidade. Chegou a ser transferido,
com outros oito detentos, para um presídio federal, em janeiro de 2014. Assim
como Jhonatan, ele era custodiado em cela individual, na UPSL 4.
Décio Sá
Jhonathan Sousa Silva, de 24
anos, foi condenado pelo assassinato do jornalista Décio Sá, com cinco disparos
de arma de fogo, em um bar na Avenida Litorânea, em São Luís, no dia 23 de
abril de 2012. Jhonathan confessou à polícia que assassinou o jornalista a
mando de um consórcio de agiotagem formado por seis pessoas, todas presas no
dia 13 de junho.
Os empresários Gláucio Alencar
Pontes Carvalho; seu pai, José de Alencar Miranda Carvalho; José Raimundo Sales
Charles Jr.; Fábio Aurélio do Lago e Silva; Airton Martins Monroe e o capitão
da Polícia Militar do Maranhão Fábio Aurélio Saraiva (conhecido como Fábio
Capita), foram apontados por Jonathan como envolvidos na morte do jornalista
Décio Sá.
Todos os suspeitos já estão em
liberdade, com exceção de Jhonatan e Diego, piloto de fuga, que foram
condenados.
Depoimentos.
Em nota, o delegado Luigi Conde, titular do 12º Distrito Policial, no bairro do Maracanã, em São Luís, informou que vai agendar novos depoimentos envolvendo o homicídio do detento Alan Kardec Dias Mota, no domingo dia 07 de janeiro de 2018, na Unidade Prisional de Ressocialização de São Luís 4 (UPSL 4), praticado pelo também detento Johnathan de Sousa Silva.
“Nos próximos 10 dias de
investigação, tempo em que deverá demorar o inquérito policial, vamos ouvir
outros detentos que participavam da rotina da vítima, servidores penitenciários
e também familiares, se preciso for”, afirmou o delegado.
“A princípio, uma desavença
teria motivado o crime, mas precisamos desses novos elementos para definir o
caso. A situação do autor não muda, pois o mesmo já é interno do sistema
prisional”, explicou Luigi Conde.
Johnathan de Sousa Silva, que já foi condenado a 25 anos de prisão pelo assassinato do jornalista Décio Sá, em 2012, prestou depoimento e foi inicialmente indiciado por homicídio qualificado, que é quando a vítima não tem chance de defesa.
(FONTE:
O ESTADO)
Redação/Blog DIMILSON MOURA
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