Jair Bolsonaro. Foto: EVARISTO SA / AFP
Em pronunciamento a todos e a toda, presidente diz
que “devemos voltar à normalidade”; veja na íntegra.
O presidente da República Jair
Bolsonaro usou as redes de comunicação do país para mais um pronunciamento
oficial relacionado à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Novamente, o chefe de Estado
minimizou os efeitos da doença que já matou 18.615 pessoas pelo mundo, além de
46 brasileiros, e garantiu que é hora de as pessoas fora do grupo de risco
voltarem à vida normal.
"Nossa vida tem que continuar,
os empregos devem ser mantidos, o sustento das famílias deve ser preservado,
devemos, sim, voltar à normalidade. Algumas poucas autoridades, estaduais e
municipais, devem abandonar o conceito de terra arrasada, a proibição de transportes
e o fechamento de comércio e o confinamento em massa", garantiu.
Segundo ele, apenas um pequeno grupo
de pessoas deve se manter atenta ao vírus, já que na maioria, inclusive nele
próprio, os sintomas seriam de uma "gripezinha" ou um
"resfriadinho".
"O que se passa no mundo tem
mostrado que o grupo de risco é o das pessoas acima dos 60 anos, então por que
fechar escolas? Raros são os casos fatais de pessoas sãs com menos de 40 anos.
Noventa por cento de nós não teremos qualquer manifestação, caso se contamine.
Devemos, sim, ter extrema preocupação em não transmitir o vírus para os outros,
especialmente nossos pais e avós, respeitando as orientações do ministro da
Saúde (Luiz Henrique Mandetta). No meu caso em participar, pelo meu histórico
de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus, não precisaria me preocupar, nada
sentiria, ou se muito, seria acometido de uma gripezinha ou um
resfriadinho", continuou.
De acordo com Jair Bolsonaro, a
imprensa fez o papel de espalhar o pânico e a histeria entre os brasileiros,
conforme a situação dramática vivida pela Itália se agravava.
"Tínhamos que conter,
naquele momento, o pânico, a histeria e ao mesmo tempo traçar a estratégia para
salvar vidas e evitar o desemprego em massa. Assim fizemos, quase contra tudo e
contra todos. Grande parte dos meios de comunicação foram na contramão,
espalharam exatamente a sensação de pavor, tendo como carro-chefe o anúncio do
grande número de vítimas da Itália. Um país com um grande número de idosos e
com um clima totalmente diferente do nosso. O cenário perfeito, potencializado
pela mídia, para que uma verdadeira histeria se espalhasse pelo nosso
país", disse.
Ainda segundo o presidente da
República, o país se prepara para a pandemia desde o resgate de um grupo de
brasileiros em solo chinês.
"Desde quando resgatamos nossos
irmãos em Wuhan, na China, numa operação coordenada pelos ministérios da Defesa
e Relações Exteriores, surgiu para nós o sinal amarelo. Começamos a nos
preparar para enfrentar o coronavírus, pois sabíamos que mais cedo ou mais
tarde ele chegaria ao Brasil", afirmou.
"Nosso ministro da Saúde
reuniu-se com quase todos os secretários de Saúde dos Estados para que o
planejamento estratégico de enfrentamento ao vírus fosse construído, e, desde
então, o doutor Henrique Mandetta vem desempenhando um excelente trabalho de
esclarecimento e preparação do SUS para o atendimento de possíveis
vítimas", continuou.
Em seguida, Bolsonaro voltou a falar
sobre um remédio que já existe no mercado, mas para o tratamento de outras enfermidades,
que pode servir como a cura para o coronavírus, apesar de estudos em fase
inicial.
"Enquanto estou falando, o mundo
busca um tratamento. O FDA americano e o hospital Albert Einstein, em São
Paulo, buscam a comprovação da eficácia da cloroquina no tratamento do
Covid-19. Nosso governo tem recebido notícias positivas sobre esse remédio
fabricado no Brasil, largamente utilizado no combate à malária, ao lúpus e à
artrite. Acredito em Deus, que capacitará cientistas e pesquisadores do Brasil
e do mundo, na cura dessa doença", completou, para encerrar o
pronunciamento oficial agradecendo a todos os profissionais de saúde envolvidos
no combate ao novo coronavírus.
Veja o pronunciamento de Bolsonaro na íntegra
Fonte: O Tempo.
Blog/EDMILSON MOURA.
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