Qual o seu PIX? Essa pergunta já faz parte do dia a dia de mais
106,6 milhões de brasileiros que utilizam a solução de pagamentos instantâneos
para pagar contas, receber pagamentos e fazer transferências.
Infelizmente, na mesma velocidade com
que o Pix caiu no gosto dos brasileiros, criminosos têm procurado novos
meios para aplicar golpes que podem ser uma grande dor de cabeça para
os usuários.
E esses ataques não estão relacionados
à tecnologia envolvida no Pix.
O sistema conta com diversas camadas
de proteção, como autenticação e criptografia, o que o torna tudo muito seguro.
Então, de onde é que vem o perigo nos
golpes envolvendo o Pix?
Ele pode se apresentar em diversas
formas, mas quase todas elas têm algo em comum.
Para contornar a forte segurança do
sistema, os fraudadores precisam encontrar artifícios para que as pessoas
baixem a guarda e informem dados pessoais e financeiros, sem perceber que estão
sendo enganadas.
Isso é o que os especialistas em
cibersegurança chamam de Engenharia Social.
Uma das iscas mais recentes
utilizadas pelos criminosos tem sido a promessa de grandes descontos para
pagamentos de boletos e faturas de cartões no Pix. Mas essa certamente não é a
única.
Conheça agora alguns dos principais
golpes aplicados e confira dicas preciosas para se prevenir das ações dos
fraudadores.
Quais são os golpes mais comuns no Pix?
Invasão de conta
Esse golpe ocorre quando a vítima é
levada a clicar em links suspeitos recebidos por SMS ou no WhatsApp. O golpista
rouba os dados de acesso, invade a conta bancária do cliente e desvia dinheiro
por meio do Pix.
Para se proteger, não clique em links
suspeitos recebidos por SMS, WhatsApp, e-mail ou redes sociais.
Tenha atenção especial aos links que
peçam sincronização, atualização, manutenção de token, app ou cadastro.
E sempre verifique a autenticidade de
endereços visitados na internet, seja pelo selo de verificação nas redes
sociais ou pelo domínio nos sites.
Na dúvida, entre em contato com o
banco por meio dos canais de atendimento.
Falsa central de atendimento
Em outro golpe comum, o fraudador se
identifica como funcionário de banco ou de uma empresa em que a vítima é
cliente, e oferece ajuda. Essa suposta ajuda pode ser para que a pessoa possa
cadastrar novas chaves Pix, ou com algum teste do sistema.
Aqui, não custa repetir: dados
pessoais de clientes jamais são solicitados de forma proativa pelas
instituições financeiras. Funcionários de bancos também não fazem testes com o
Pix.
Se receber uma ligação parecida em
nome do BB, entre em contato com os canais de atendimento do Banco.
Perfil falso no WhatsApp
Nessa modalidade, os golpistas nem
precisam clonar o Whatsapp da vítima.
Eles escolhem as vítimas em redes
sociais, onde conseguem suas fotos. De alguma forma, conseguem descobrir os
celulares de alguns contatos próximos das pessoas.
Com a foto e um número de celular,
criam um perfil falso da pessoa e mandam mensagem a esses conhecidos,
comunicando a troca de número por algum problema. Depois, pedem uma
transferência via Pix, como se estivessem em alguma emergência.
A dica que vale para os casos
envolvendo clonagem ou não é: sempre tenha muita cautela de pedidos urgentes de
dinheiro. Não faça o Pix ou qualquer tipo de transferência até falar com a
pessoa. Se puder ser uma chamada de vídeo, melhor ainda.
Venda falsa
Nessa modalidade, o golpista anuncia
a venda de algum produto nas redes sociais, site de anúncios ou plataformas de
e-commerce e negocia com a vítima,
Durante a negociação, a vítima faz o
pagamento antecipado por meio do Pix e acaba não recebendo o produto.
Esse crime inclui casos de promessa
de empréstimo mediante pagamento prévio de taxa para liberação do dinheiro.
Fique atento e verifique a origem dos
anúncios recebidos nos mais diferentes canais de comunicação.
Faça uma busca sobre o perfil do
anunciante em sites especializados em reclamações e veja se está interagindo em
um perfil oficial, em caso de negociações nas redes sociais.
Desconfie de promessas de grande
retorno financeiro ou de benefícios muito maiores que os cursos e sempre
confira os dados do destinatário antes de confirmar um Pix.
Descontos na fatura do cartão
Nesse golpe, criminosos enviam
mensagens no celular (SMS), oferecendo descontos para pagamentos de faturas de
cartão de crédito ou contas de celulares.
O que chama a atenção é que as falsas
promessas são de descontos de até 40% no valor da conta.
Para receber o suposto benefício, a
pessoa precisa clicar em um link na mensagem e acessar um site, onde irá
informar dados como bandeira do cartão, CPF, os quatro últimos dígitos do
cartão e o valor total da fatura.
Depois de cadastrar os dados, uma
nova mensagem é enviada pelos criminosos, informando o valor reduzido da fatura
e a chave Pix para a transferência.
Faças as contas do tamanho da dor de
cabeça: um prejuízo triplo para a vítima. Isso porque além do pagamento de um
boleto falso e da necessidade de pagar a conta verdadeira depois, os dados
roubados podem ser utilizados para outras fraudes.
Para se proteger, é importante
procurar os canais oficias das empresas para confirmar a autenticidade de
mensagens oferecendo esse tipo de descontos. Se não tiver certeza de que a
página é real e segura, não coloque informações pessoais ou realize pagamentos
Falso Bug do Pix em dobro
Os fraudadores compartilham mensagens
e vídeos nas redes sociais com a informação falsa de que uma falha (bug)
no sistema permite ganhar o dobro do valor transferido para chaves aleatórias.
As chaves, no caso, são dos
golpistas, é claro, que ficam com toda a grana transferida de quem esperava
ganhar dinheiro fácil.
O Banco Central alerta: não há
qualquer bug no Pix, e orienta: sempre desconfie de mensagens
que prometem dinheiro fácil e que chegam pelas redes sociais ou e-mail.
Proteções do Pix contra golpes
O Banco Central lista vários
mecanismos adotados para garantir a segurança das transações:
✔ As informações pessoais são protegidas pelo sigilo
bancário.
✔ A autenticação e criptografia também estão
garantidas.
✔ As transações são integralmente rastreáveis, por
serem operações de conta a conta.
✔ O destinatário de uma transferência financeira, em
situação de sequestro ou outro meio de coação ilícita, é totalmente
identificável.
✔ A identidade do pagador é autenticada de
forma digital, por senha, token, reconhecimento biométrico ou outro método de
segurança adotado pela instituição de relacionamento, antes de qualquer
pagamento ou transferência.
✔ Os dados das transações transitam
criptografados na Rede do Sistema Financeiro Nacional.
✔ A rede de dados identifica transações
atípicas, fora do perfil do usuário, bloqueando essas transações por um tempo,
ou mesmo rejeitando.
✔ Por ser uma solução do Banco Central, todas
as instituições bancárias estão interligadas em mecanismos de proteção. Se uma
transação é classificada como suspeita de fraude, ou fraude consumada, todas as
instituições são automaticamente alertadas.
✔ O estabelecimento de limites máximos de valores
para as transações com base no perfil do cliente também é outro mecanismo de
segurança.
Como o BB ajuda a proteger seus clientes
Como a cultura da segurança digital é
muito valorizada pelo BB, o cliente é constantemente alertado sobre como evitar
golpes e prejuízos.
Fique atento: O BB não solicita o
cadastro das chaves do Pix por mensagem de texto ou e-mail.
Para ficar bem longe dos golpistas
que costumam utilizar páginas com endereços falsos a fim de conseguir dados em
falsas promoções, o Banco do Brasil também orienta que o
cliente sempre confira se o link tem https no endereço e o símbolo do cadeado
de segurança ao lado.
Além disso, as transações só serão
realizadas se o aparelho do cliente já for autorizado, e após a confirmação das
suas senhas de segurança.
Ainda não tem uma chave Pix? Tem uma chave, mas ainda tem dúvidas? Confira a dicas do BB no vídeo abaixo:
Você também pode contar sempre com os canais de atendimento do Banco do Brasil.
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