Crítico do projeto,
o deputado Glauber Guerra (Psol) classificou a proposta como ‘AI-5 de Lira’,
por dar muito poder ao presidente da Câmara.
Parlamentares de esquerda temem que o projeto que prevê
endurecer punição para deputados “brigões” seja usado pelo presidente da
Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para fazer chantagem antes de votações importantes.
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil.
Conforme Igor Gadelha, no Metrópoles, eles enxergam com apreensão o maior poder dado à Mesa Diretora – controlada por Lira – sobre o mandato dos deputados, já que a proposta permite suspensão por decisão da maioria da Mesa.
O texto do projeto prevê que caso a punição seja aprovada pela direção da Câmara, o parlamentar tem o mandato suspenso automaticamente, até que o caso seja analisado pelo Conselho de Ética, que tem um prazo de 15 dias para apreciação.
Para os esquerdistas, durante esse afastamento cautelar haveria tempo suficiente para tirar parlamentares de votações importantes.
Segundo a coluna, com receio de que haja chantagem, lideranças da esquerda propõem que as suspensões só sejam aprovadas se houver decisão unânime da Mesa Diretora, o que frearia o poder do presidente da Casa.
Um dos principais críticos do projeto, o deputado Glauber Braga (PSol-RJ) classificou a proposta como “AI-5 de Lira”, em referência ao Ato Institucional número 5 de 1968, marco da repressão da ditadura militar.
“Olha o poder que está se dando ao Lira nesse momento. E que tristeza ver o líder do PT na Câmara, deputado Odair [Cunha] orientar a favor dessa matéria. É uma ilusão, é um suicídio, é um tiro no pé. Quem vocês acham que o Lira vai perseguir? Os aliados dele da direita, da extrema-direita. Isso vai se voltar contra a esquerda”, disse.
Um dos principais críticas ao projeto foi o deputado Glauber Braga (PSol-RJ), que classificou a proposta como “AI-5 de Lira”, em referência ao Ato Institucional número 5 de 1968, marco da repressão da ditadura militar brasileira.
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