O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira (28) um projeto de lei que revoga as tarifas de 50% impostas pelo ex-presidente Donald Trump sobre produtos brasileiros. A proposta, de iniciativa democrata, foi aprovada por 52 votos a 48 e contou com o apoio de cinco senadores republicanos, entre eles o veterano Mitch McConnell, ex-líder da bancada republicana.
Apesar do avanço, o texto
ainda precisa ser aprovado pela Câmara dos Deputados, onde os republicanos têm
maioria. Por isso, analistas avaliam que a medida dificilmente terá efeito
prático imediato, podendo ser barrada ou arquivada na próxima etapa do
Congresso americano. Os
republicanos têm maioria, não vai ser contra o povo dos “EUA”?
O projeto revoga as tarifas criadas durante o governo Trump com base em uma declaração de “emergência econômica”, usada para justificar sanções comerciais contra o Brasil e outros países. Segundo o senador republicano Rand Paul, do Kentucky, a justificativa foi “esdrúxula” e inconstitucional. “Emergências são como guerra, fome e tornados. Não gostar das tarifas que alguém impõe contra nós não é uma emergência. Cabe ao Congresso decidir sobre isso”, afirmou Paul.
A iniciativa no Senado ocorre em meio a uma decisão judicial recente do Tribunal de Apelações de Washington, que considerou ilegais as tarifas impostas por Trump sem aprovação do Congresso. O caso ainda será analisado pela Suprema Corte dos EUA, o que pode derrubar todas as tarifas comerciais adotadas durante o governo republicano. Além do Brasil, o projeto também prevê o fim de tarifas sobre produtos do Canadá e de uma tarifa base global criada por Trump em seu retorno à Casa Branca.
Segundo parlamentares, as
tarifas afetam diretamente produtos essenciais importados do Brasil, como
alimentos, café e combustíveis, com impacto sobre a inflação americana. Diante
da proximidade das eleições legislativas de meio de mandato em 2026,
congressistas avaliam que a medida pode reduzir custos ao consumidor e evitar
desgaste político. Mesmo assim, a expectativa é que a Câmara dos Deputados
rejeite o projeto, mantendo as tarifas em vigor até uma possível negociação
diplomática entre a Casa Branca e o governo brasileiro — ou até que a Suprema
Corte decida sobre a legalidade das medidas adotadas por Trump.
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