Repasse
integral do reajuste de 7,2% levará preço médio do GLP a R$ 105,80, maior
percentual em relação ao mínimo desde 2006.
Hoje, o botijão de 13kg é encontrado por até R$ 105?,
segundo levantamento da ANP.
Revendedores contestam política de preço da Petrobras. O presidente da
Associação Brasileira dos Revendedores de Gás Liquefeito do Petróleo (Asmirg),
Alexandre Borjaili, estima que o preço do gás de cozinha vendido aos
brasileiros pode bater a casa dos R$ 150 – ou mesmo R$ 200, em uma hipótese
drástica? neste ano. SENHOR TENDE
PIEDADE DE NÓS.
O valor corresponde a 8,97% do salário mínimo de R$
1.100 e equivale ao maior percentual em comparação com o piso da remuneração
oferecida aos trabalhadores desde o início de 2008, segundo informações
compiladas pelo site Observatório Social da Petrobras.
Conforme os levantamentos, houve uma tendência de
queda da proporção entre o GLP e o salário mínimo ao longo da maior parte do
século, interrompido entre os anos de 2015, quando um botijão de 13 kg chegou a
significar 5,7% da remuneração mínima, e 2017.
Caso o reajuste de 7,2% no preço do gás de cozinha
anunciado pela Petrobras nas refinarias seja repassado integralmente aos
consumidores, o valor médio cobrado pelo botijão de 13 kg pode chegar a R$
105,80 e se aproximar de 10% do salário mínimo, o que não ocorre desde março de
2006.
Os dados da ANP, no entanto, mostram que o valor
cobrado pelo botijão já é encontrado por mais de 10% do salário mínimo em todas
as regiões do Brasil. No Norte, Sul e Centro-Oeste, o preço máximo supera R$
130 ou mais de 11% da remuneração mínima dos brasileiros.
Outros
combustíveis
O levantamento do Observatório Social da Petrobras
também compara o atual salário mínimo com a variação de outros combustíveis.
Para a gasolina, a trajetória de alta iniciada em junho de 2020 foi mantida e o
ato de abastecer 100 litros do combustível custa hoje mais de R$ 600, o
equivalente a mais da metade (55%) do salário mínimo.
Já no caso do diesel e do etanol, que também seguem em
alta nos últimos meses, um abastecimento de 100 litros custa, com ambos os
combustíveis, 43% da remuneração mínima paga aos profissionais no Brasil, Já
para os motoristas que usam o GNV (Gás Natural Veicular), o desembolso para
cada 100m² representa 38% do mínimo.
A Petrobras afirma que as recentes altas refletem a
elevação do preço do petróleo no mercado internacional, que foi afetado pela
oferta limitada e o crescimento da demanda mundial pelo combustível, além da
taxa de câmbio com a valorização do dólar ante o real.
"Esses ajustes são importantes para garantir que
o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de
desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às
diversas regiões brasileiras", explicou a estatal na última semana.
Fonte: Portal R7