Gilmar Mendes e Rodrigo Janot no STF.
Medidas foram
autorizadas por Alexandre de Moraes após ex-procurador-geral da República dizer
a VEJA que planejou assassinar ministro Gilmar Mendes
A
Polícia Federal cumpriu no fim da tarde desta sexta-feira, 27, mandados de
busca e apreensão em endereços ligados ao ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, em
Brasília.
O ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator de um inquérito que apura
fake news e ameaças contra ministros da Corte, autorizou as medidas na casa e
no escritório de Janot depois de o ex-procurador ter afirmado a VEJA que em 11
de maio de 2017, enquanto ainda era chefe da Procuradoria-Geral da República
(PGR), foi armado ao STF para assassinar o ministro Gilmar Mendes e
depois se suicidar. “Ia dar um tiro na cara dele”, disse Janot.
Na decisão, Moraes
afirmou que as buscas e apreensões são necessárias para “verificar a eventual
existência de planejamento de novos atos atentatórios ao Ministro Gilmar Mendes
e as próprias dependências do Supremo Tribunal Federal”. O ministro ordenou a
apreensão de armas, computadores, tablets, celulares e outros dispositivos
eletrônicos.
“O
quadro revelado é gravíssimo, pois as entrevistas concedidas sugerem que
aqueles que não concordem com decisões proferidas pelos Ministros desta Corte
devem resolver essas pendências usando de violência, armas de fogo e, até, com
a prática de delitos contra a vida”, escreveu Moraes.
Mais
cedo nesta sexta, Gilmar apresentou no inquérito um pedido para que o STF retirasse o porte de arma de Rodrigo Janot e
impedisse que ele fosse ao tribunal. Em sua decisão, Alexandre de Moraes
suspendeu todos os portes de arma em nome de Janot e o proibiu de chegar a
menos de 200 metros de qualquer ministro do Supremo, assim como de acessar o
prédio e os anexos do tribunal.
As
medidas cautelares foram impostas, conforme o ministro, para “evitar a prática
de novas infrações penais e preservar a integridade física e psicológica dos
Ministros, advogados, serventuários da justiça e do público em geral que
diariamente frequentam esta Corte”.
A coluna Radar informou hoje que, depois de abortar o plano para matar Gilmar dentro do STF, Janot
voltou para casa, tirou a pistola da cintura e guardou em um cofre, onde
permaneceu trancada até hoje.
EM TEMPO:
Da Folha:
O
Conselho Nacional do Ministério Público recebeu, nesta sexta (27), requerimento
para que abra uma investigação contra o ex-procurador-geral Rodrigo Janot.
Aberto, o procedimento poderia culminar com a cassação de sua aposentadoria.
O pedido
foi formulado pelo subprocurador da República Moacir Guimarães Morais Filho
(…)
Veja
vídeo matéria RECORD TV.
Fonte:
Veja
Blog/Edmilson
Moura.
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