Clécio Luís, governador do Amapá (Foto: Paulo Victor Lago)
O governador do Amapá, Clécio Luís, comemorou nesta
segunda-feira 20/10/2025 a autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)
que permite à Petrobras iniciar a perfuração de poços para pesquisa
exploratória no bloco FZA-M-59, localizado na Margem Equatorial. A informação
foi divulgada pela Agência Brasil.
Nas redes sociais, Clécio afirmou: “A
notícia que tanto esperávamos chegou! O Ibama liberou a licença para a
Petrobras iniciar a fase de pesquisas na Margem Equatorial. É um passo
histórico rumo ao conhecimento sobre o potencial energético do Amapá e ao
desenvolvimento da Amazônia!” Segundo ele, a decisão inaugura uma nova
etapa para o estado no debate nacional sobre energia e desenvolvimento.
Potencial econômico e estratégico da Margem Equatorial
A Margem Equatorial, considerada pelo governo federal como o “novo
Pré-Sal da Amazônia”, reúne uma das áreas marítimas mais promissoras do
país para exploração de petróleo. A região se estende desde a foz do rio
Oiapoque, no extremo norte do Amapá, até o litoral do Rio Grande do Norte.
As estimativas apontam para reservas de até 16 bilhões de barris de petróleo, com potencial de produção de 1,1 milhão de barris por dia. No Amapá, a exploração pode impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB) em até 61,2%, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Observatório Nacional da Indústria projeta ainda a criação de 495 mil empregos formais e um acréscimo de R$ 175 bilhões ao PIB.
Municípios como Oiapoque, Calçoene, Amapá, Macapá, Itaubal e Santana
estão entre os mais beneficiados, com expectativas de crescimento em
infraestrutura, serviços, habitação e formação técnica.
Silveira: futuro da soberania energética
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, também comemorou a
decisão do Ibama e defendeu o avanço das pesquisas com responsabilidade
ambiental. “Fizemos uma defesa técnica e responsável para que a
exploração seja feita dentro dos mais altos padrões internacionais e com
benefícios concretos para brasileiras e brasileiros. O nosso petróleo é um dos
mais sustentáveis do mundo, com uma das menores pegadas de carbono”,
afirmou.
Silveira destacou ainda que a Margem Equatorial “representa o
futuro da nossa soberania energética” e agradeceu publicamente à
ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, pela colaboração no
processo de licenciamento.
Reações divididas e pressões ambientais
A autorização, contudo, reacendeu o embate entre setores econômicos e
ambientais. Organizações da sociedade civil, cientistas e ambientalistas
criticaram a decisão do Ibama e anunciaram que irão à Justiça apontando falhas
técnicas e riscos ao meio ambiente.
Os críticos alertam para os impactos na Amazônia e para possíveis
desgastes à imagem do Brasil na COP30, que será realizada em Belém
no próximo mês. Para esses setores, a região é prioridade global na transição
energética e deve ser preservada da exploração de combustíveis fósseis.
Setor de petróleo comemora
Já entidades ligadas ao setor energético celebraram a decisão. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) declarou que a produção será fundamental para o desenvolvimento econômico nacional. O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) afirmou que a licença concedida à Petrobras trará ganhos econômicos significativos ao Brasil.
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